29 de mar. de 2010

A borboleta que esqueceu de voar

  As feições faltavam . Andavam desordenadamente , iludidos , talvez , afim de criar uma ordem universal .

  Mas quê ordem ? Já que não conseguiam estabelecer uma pré – disciplina em seus grupos .

  As sombras deduravam suas existências ; mas não poderiam passar por um longo monitoramento , porque não possuíam o completo .

  Esse sentimento de espaço X vazio fazia por um momento , refletirem , tentando capturar ,  mesmo que ao vento , algo concreto .

  Tarefa árdua : no vento circulavam tantas abstrações para distaí-los da real causa . Assim , pontos escuros brigando entre si ( na mente de cada um ) . Poderia ser : abstrato X abstrato / concreto X concreto / abstrato X concreto / concreto X abstrato ... Quem decidia era cada , então para o “nós” não se criaria um senso comum . Não! Não mesmo!

  Queria pertencer . Só que já havia se entupido de dúvidas para além de abstrações e concretizações , não sabendo ao certo aonde posicionar-se . Talvez ficaria presa na teia embolada dos adjetivos que lhe rondavam ; pensaria em desprender-se para sempre : mas , se desse a afirmação , viveria de quê ? de flutuações ? ; aniquilaria cada parte adjetivada , tentando buscar aí uma compreensão maior ; ou escolheria alguma , deixando os restos . Tantas escolhas e nenhuma conclusão .

  Ía pisando . Pisava lentamente , pois tinha medo de cair em qualquer armadilha que viria abalar sua sanidade controlada . “Controlada” .

  Se submetia através de atos extraordinariamente modificados em relação ao mesmo . Estranho , ia mudando o igual , para depois achar uma diferença . Será ?

  O prazer no idêntico era visível . Apenas para o ser e o controlado . Se divertiam às custas próprias , rondados pela situação prenunciada .

  O controlado tinha total liberdade pelas escolhas . Simplesmente , quando quisesse , abriria a porta para além . Mas não , gostava de ficar , para quem sabe , ajudar a borboleta que esqueceu de voar .

3 comentários:

Contra Drogas disse...

O controlado tinha total liberdade pelas escolhas . Simplesmente , quando quisesse , abriria a porta para além . Mas não , gostava de ficar , para quem sabe , ajudar a borboleta que esqueceu de voar .

Já que "presa" estou à liberdade, liberto quem de fato merece estar!!!
Parte ótima...amei o título.
Beijos

Unknown disse...

Maaari, fazia tempo q nao passava por aki neh?
como seeempre, ameei³ o post..to com sono, to sem ideia p fazer um bom comentario..entao paro por aki..haUShaushas


beeijo...!

Unknown disse...

Prima me surpreendo cada vez que leio um texto seu, interpreto meio que diferente de vc mas entendo o que vc quer passar né!!! rs. Muito legal mesmo. Beijo