As feições faltavam . Andavam desordenadamente , iludidos , talvez , afim de criar uma ordem universal .
Mas quê ordem ? Já que não conseguiam estabelecer uma pré – disciplina em seus grupos .
As sombras deduravam suas existências ; mas não poderiam passar por um longo monitoramento , porque não possuíam o completo .
Esse sentimento de espaço X vazio fazia por um momento , refletirem , tentando capturar , mesmo que ao vento , algo concreto .
Tarefa árdua : no vento circulavam tantas abstrações para distaí-los da real causa . Assim , pontos escuros brigando entre si ( na mente de cada um ) . Poderia ser : abstrato X abstrato / concreto X concreto / abstrato X concreto / concreto X abstrato ... Quem decidia era cada , então para o “nós” não se criaria um senso comum . Não! Não mesmo!
Queria pertencer . Só que já havia se entupido de dúvidas para além de abstrações e concretizações , não sabendo ao certo aonde posicionar-se . Talvez ficaria presa na teia embolada dos adjetivos que lhe rondavam ; pensaria em desprender-se para sempre : mas , se desse a afirmação , viveria de quê ? de flutuações ? ; aniquilaria cada parte adjetivada , tentando buscar aí uma compreensão maior ; ou escolheria alguma , deixando os restos . Tantas escolhas e nenhuma conclusão .
Ía pisando . Pisava lentamente , pois tinha medo de cair em qualquer armadilha que viria abalar sua sanidade controlada . “Controlada” .
Se submetia através de atos extraordinariamente modificados em relação ao mesmo . Estranho , ia mudando o igual , para depois achar uma diferença . Será ?
O prazer no idêntico era visível . Apenas para o ser e o controlado . Se divertiam às custas próprias , rondados pela situação prenunciada .
O controlado tinha total liberdade pelas escolhas . Simplesmente , quando quisesse , abriria a porta para além . Mas não , gostava de ficar , para quem sabe , ajudar a borboleta que esqueceu de voar .
3 comentários:
O controlado tinha total liberdade pelas escolhas . Simplesmente , quando quisesse , abriria a porta para além . Mas não , gostava de ficar , para quem sabe , ajudar a borboleta que esqueceu de voar .
Já que "presa" estou à liberdade, liberto quem de fato merece estar!!!
Parte ótima...amei o título.
Beijos
Maaari, fazia tempo q nao passava por aki neh?
como seeempre, ameei³ o post..to com sono, to sem ideia p fazer um bom comentario..entao paro por aki..haUShaushas
beeijo...!
Prima me surpreendo cada vez que leio um texto seu, interpreto meio que diferente de vc mas entendo o que vc quer passar né!!! rs. Muito legal mesmo. Beijo
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