Num ato impulsivo levantou a mão esquerda até a altura do queixo ; num movimento excessivamente rápido , levou a palma da mão aberta para o rosto na sua frente .
A marca vermelha estampada . Combinava com o rosto . Trouxe vida , digamos .
Uma lágrima caiu .
O sal , ao atingir a boca a fez tremer .
“Pára , pára , pára!”
Continuava , apesar da dor , a olhar . Estava encarando , talvez encarando os próprios demônios .
Quem sabe ?
“Está frio . Melhor arranjar uma blusa , não ? Hein ?”
Olhou em volta : vazio .
“Responde!” , gritava .
...
Sentiu novamente aquele corpo em chamas .
“Perversa!” , pensou .
“Não se deixe dominar . Não é de seu fetiche , é ? Mesmo ? Ah , então , como íamos dizendo ...”
E permaneceu assim .
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