28 de abr. de 2010

Conversa entre estátuas

  Duas estátuas . Duas almas . Mesmo estáticas , mexiam – se . Ah , como faziam . Porém , caminhavam opostamente , afim de encontrar uma igualdade .

  Ao virar-se , poderia , não interessasse os segundos apenas , enxergar através daquele brilho intenso .

  Era a cor mais bela que havia visto . Mas a mais bizarra : possuía todo emaranhado de sentimentos , era a teia sendo feita .

  Desejava e como , poder  quebrar , adentrando na confusão específica .

  Apenas o imaginar lhe trazia ansiedade . Por quê?

  Pensava em “passado” : conjugações “... e se ” e não o presente “... é agora” .

  Por isso .

  Vá em frente , não se abale com estátuas mecanizadas ; se abale em tornar-se uma .

  Adentre no brilho mais profundo , independente de conseqüências . Esqueça , pelo menos uma vez , o certo . 

Um comentário:

Contra Drogas disse...

"Adentre no brilho mais profundo , independente de conseqüências . Esqueça , pelo menos uma vez , o certo."

Lindíssimo texto Mari, um dos mais bonitos, na minha opinião, e além disso várias interpretações!!!!
Umas das escritoras mais profundas!!!auhauhauha
Beijos