15 de abr. de 2010

O filme que nunca será contado

  Despertou , atordoada . Olhou em volta . Não reconhecia . Estranhou . Pensamentos altos se seguiram : “Aonde estou?” . Sua voz aguda ecoou .

  Sentiu um toque . Virou-se , imediatamente reconhecendo aquelas linhas . O belo . Sorriu . Os lábios se encostaram . Línguas roçando numa velocidade excitante , porém ao mesmo tempo indescritível .

  O cheiro do sexo cobria as paredes geladas .

  Seus dedos agora penetravam , severa e carinhosamente o sexo encharcado . Um . Dois .

  As pernas tremiam . Sentiu a boca chupando , gemeu ; mais fundo ; suas mãos não paravam : ora segurava a cabeça ora o lençol .

  A penetrou com a língua . O gosto tomou conta dos lábios de uma maneira tão , tão ... perversa . Mais , mais ...

  Acendeu um cigarro .

  Sem contato . O medo do envolvimento era maior do que seus próprios sentimentos para .

  A neve ilustrava a cena principal do filme que nunca será contado . 

Um comentário:

Contra Drogas disse...

Nossa gente...
Sua forma de escrever está mudando hein...digo, a técnica.
Bem contado!!!
Beijos=***